Porquê? Porque a prendi o fundo da gruta, com 7mil correntes e 70 mil cadeados, de lá ela não sai.... nem pia, ficou apenas a pão e agua....
E não é tudo.... MorCeGo vê bem o que fiz a tua preciosa Micas, e vê só, eu que torturei ela psicologicamente ao ponto de ela fazer isto.....
Fica tranquila, fiz um enterro digno da tua preciosa Micas depois, como podes ver, até o Dossier e as outras Micas foram... Muahahahahahahahhahaha
Pronto chega de coisas estranhas e vamos ao que interessa, depois de meter a MorCeGo a pão e agua, de torturar ela e tudo mais.... ela finalmente falou e deu-me o que nós queremos, eheheheheheh Wrath, Payne, Beth...e uma extrema confusão. Mas LINDOOOOOOOO
SPOILERS!!!!
[Wrath fica a saber por Payne que a sua Beth
não lhe contava tudo, porque ele não era digno da confiança da sua shellan. O
rei pega no cão e vai à procura dela.]
Cerrando os
dentes, levantou a mão para bater, mas acabou por espancar a porta. Uma. Duas vezes.
- Entre, -
disse a Escolhida Layla.
Wrath
escancarou a porta e soube exatamente quando a sua shellan o viu: o cheiro acre
da culpa e engano atravessou o quarto até ele.
- Temos de
falar, - atirou. E depois fez um aceno de cabeça para onde esperava que Layla
estivesse. – Por favor, desculpe-nos, Escolhida.
(…)
[Não dizem nada até chegarem ao estúdio]
- Há quanto
tempo te tens ido sentar com ela?
- Com quem?
- Não te
armes em burra. Não te fica bem.
O ar do
quarto estremeceu e ele ouviu os passos dela no tapete Aubusson. Enquanto andava, conseguia visualizá-la, as sobrancelhas
baixas, a boca apertada, os braços cruzados no peito.
A culpa já
tinha desaparecido. E ela estava tão irritada como ele.
- E que
diabo te interessa? – Murmurou ela.
- É meu direito
saber por onde andas.
- Desculpa?
Ele espeta
um dedo numa direção qualquer.
- Ela está
grávida.
- Reparei.
O punho
cerrado esmurrou com tanta força a mesa que o telefone saiu do apoio.
- Queres
entrar na necessidade?
- Quero! –
Gritou em resposta. – Quero! É assim um crime tão terrível?
Wrath
expirou, sentindo-se como se tivesse sido atingido por um carro. Outra vez.
É
impressionante como ouvir em voz alta os nossos piores receios pode ser
avassalador.
Respirando
fundo várias vezes, ele sabia que tinha de escolher as palavras com cuidado,
apesar da glândula adrenal estar a berta a bombar Ó Meu Deus suficientes para o
sistema e ele estar absolutamente aterrorizado.
No silêncio,
ouvia-se o barulho do telefone pi-pi-pi-põe-me-no-sítio, enquanto que as pragas
andavam às voltas nas cabeças de ambos.
Com uma mão
a tremer, tacteou à volta até encontrar o auscultador. Colocá-lo no sítio
requereu algumas tentativas, mas conseguiu fazê-lo sem partir nada.
(…)
- Tens de me
ouvir – disse ele numa voz apagada, - e fica a saber que é a mais pura verdade.
Eu não te vou servir na necessidade. Nunca.
Era a vez
dela de respirar como se tivesse levado um murro no estômago.
- Eu… eu não
posso acreditar que tenhas dito isso.
- Não vai
acontecer nunca, jamais. Eu nunca te
irei engravidar.
Havia poucas
coisas sobre as quais tinha grandes certezas. A outra que lhe ocorria era o
muito que a amava.
- Não vais,
- perguntou secamente, ou não podes?
- Não vou.
Não.
- Wrath,
isso não é justo. Não podes dizer isso assim como se fosse um dos teus
decretos.
- Então,
tenho de mentir acerca do que sinto?
- Não, mas
podemos falar sobre isso, que diabo. Somos parceiros e isto afeta-nos aos dois.
- Discutir
não vai mudar a minha posição. Mas se os rumores forem verdadeiros e tu
entrares na necessidade, fica a saber que serás drogada para a ultrapassares.
Eu não vou prestar-te serviço.
- Meu Deus…
como se eu fosse um animal que precisa de ir para o veterinário?
- Não fazes
ideias de como são essas hormonas.
- Ora, um
macho a falar.
Ele encolhe
os ombros.
- É facto
biológico incontestável. Quando Layla estava no período dela, todos nós o
sentimos na casa toda, mesmo uma noite e meia depois de ter terminado. Marissa
foi drogada durante anos. É o que se faz.
- Sim,
talvez se a fêmea não for casada. Mas da última vez que verifiquei, o meu nome
estava nas tuas costas.
- Lá porque
estás emparelhada, não quer dizer que tenhas de ter filhos.
Ela calou-se
por um instante.
- Já te
passou pela cabeça, por um segundo que fosse, que isto pode ser importante para
mim? E não é como…”Oh, quero um carro novo”, ou… “Quero voltar para a escola”.
Ou até como “ E que tal se tivéssemos a merda de um jantar fora entre levares
um tiro e trabalhar numa coisa que odeias?” Wrath, isto é a base da vida.
E o caminho
para a morte… dela. Tantas fêmeas morreram a dar à luz, e se ele a perdesse…
Foda-se. Nem
conseguia imaginar.
- Não te vou
dar nenhuma cria. Podia apresentar-te a verdade com uma série de tratas e
palavras bonitas, mas mais cedo ou mais tarde, vais ter de de te habituar.
- Habituar? Tipo, alguém espirra para cima
de mim e tenho de me resignar e tossir durante umas semanas? – A incredulidade
e a raiva soavam alto. – Tu ouves o
que dizes?
- Estou mais
do que ciente das palavras que escolho. Acredita.
- Ok. Está
bem. Porque é que não vemos isto assim… E que tal se eu disser… Que tal isto:
Vais-me dar o filho que eu quero e isso é uma coisa a que tu tens de te habituar. Ponto final.
Ele encolheu
os ombros outra vez.
- Não me
podes obrigar.
Beth emitiu
um som de espanto e ele sabia que tinham entrado numa nova dimensão no seu
relacionamento – uma que não era boa. Mas não havia volta a dar.
A praguejar
baixinho, ele abanou a cabeça.
- Faz um
favor a ti própria e deixa de passar as noites sentada com aquela fêmea. Se
tiveres sorte, nada funcionou e podemos esquecer este assunto…
- Esquecer…
espera. Mas tu… mas tu… tu perdeste a puta da cabeça?
Merda. A sua
shellan não gaguejou nem titubeou, e
raramente praguejava. Olha que bom.
Mas isso não
mudava nada.
- Quando é
que me ias dizer? – Perguntou ele.
- Dizer o
quê? Que és um nabo? E que tal agora?
- Não, que
tu, deliberadamente, estavas a tentar iniciar a necessidade. Já que estamos a
falar de coisas que afetam aos dois.
(…)
Ele fitou-a.
- Sim,
quando é que isso havia de vir à baila numa conversa? Não ia ser esta noite,
pois não? Estavas a deixar para amanhã? Não? – Inclinou-se sobre a secretária.
– Tu sabias que eu não queria. Eu disse-to.
Mais passos:
ele conseguia ouvir cada um dos seus passos. Demorou até pararem.
- Sabes que
mais? Vou sair daqui, agora, - disse ela, - e não é só porque preciso de sair
esta noite. Preciso de estar longe de ti por um bocado. E depois, quando eu
voltar, vamos falar sobre isto… ver os dois lados… Não! – Exigiu ela quando ele
ia abrir a boca. – Não dizes nem mais uma palavra. Se o fizeres, tenho a
sensação que faço as malas e saio daqui para sempre.
- Para onde
vais?
- Ao
contrário do que pensas, não tens o direito de saber onde eu estou a cada
segundo do dia e da noite. Especialmente depois disto.
A praguejar
outra vez, ele tira os óculos e massaja a cana do nariz.
- Beth,
ouve, eu só…
- Oh, eu já
te ouvi mais do que o suficiente por agora. Por isso, faz-nos um favor e fica
onde estás. Da maneira como vais, essa secretária e essa cadeira dura serão as
únicas coisas que vais ter. É bem que te habitues a elas.
Ele fechou a
boca. Ouvia-a afastar-se. Ouviu as portas a fechar quando saiu.
(The
King, Capítulo 11)