Um gostinho de IMMORTAL

Saudações Amantes da Irmandade

A nossa Nighshade deu-nos mais um gostinho de IMMORTAL, e como sabem até agora a editora não nos informou se sempre mudaram de ideias quando a ser editado [até a data está cancelado].

Contudo, vejo poucas, quase raras as visualizações, no que toca ao IMMORTAL e isso deixa-me bastante triste.
Porque apesar do trabalho da Nighshade, e de algumas fãs quererem a edição deste ultimo livro [eu por exemplo]. Não vejo realmente interesse da parte da fãs. Assim sendo será bastante difícil que se consiga fazer pressão para que a Editora edite este livro.

Tudo o que vos peço é que divulguem esta saga The Fallen Angels com as amigas, colegas de trabalho, familiares. Vamos divulgar esta saga por portugal inteiro e vamos tentar que se consiga que seja editado.



Anjos Caídos # 6
 
Immortal  Capítulo 2 Em pé sobre uma taça branca e azul, Sissy Barten bateu o ovo com tanta força que a casca não se partiu, vaporizou-se.- Oh, vá .Virando-se para o lava-loiça, inclinou-se sob a água e lavou a mão. Que estava tremer. Por acaso, todo o corpo dela tremia, como se ao longo da coluna vertebral existissem falhas e tudo à volta estivesse em perigo.Enquanto se inclinava para fechar a torneira, a velha mansão estava demasiado quieta, e com um sobressalto, ela olhou por cima do ombro. Os pêlos do seu pescoço arrepiaram-se, avisando-a... do quê? Não havia passos, nenhuns gritos, nem ninguém a persegui-la com uma faca ou uma arma.Bonito serviço. Aparentemente os imortais podiam perder a cabeça. Bem, se não era este um futuro feliz que mal podia esperar? Não se podia cometer suicídio já estando morto.- Porra - suspirou.Secando as mãos, ela agarrou na taça e passou-a por água. Depois, foi de novo à embalagem dos ovos e...Paralisou completamente. Ela não queria fazer ovos mexidos. Não queria estar presa àquela casa. Não queria estar morta e separada da sua família...E já que pensava assim... Ela, realmente, literalmente, absolutamente não queria ter a imagem de Jim semi-nu na sua cabeça. O vislumbre dele a sair da casa de banho nas primeiras horas da madrugada, com uma toalha enrolada à cintura, e uma expressão cansada, era como um placard à frente do seu cérebro. Ela viu cada nuance do seu corpo, os ombros largos, os abdominais delineados, o cimo das suas coxas, e a linha fina de pêlos abaixo do seu umbigo.E sobretudo, viu os arranhões na sua pele suave. Havia três conjuntos deles, e só uma coisa os poderia ter feito...Abruptamente, os tremores dela pioraram, e tentou fazer algo em relação a isso estalando os dedos das suas mãos um a um.Okay, isto era ridículo. Teria achado que, tendo em conta o seu currículo actual de ser uma virgem sacrificial, que foi ressuscitada do Inferno para uma guerra entre um par de anjos caídos e um real e verdadeiro demónio, o principal pensamento na sua cabeça não ser um homem. Mas também, a sua realidade virou-se do avesso há semanas atrás, portanto, poderia ela realmente estar surpreendida...
Ela deu meia-volta.Ninguém estava lá. Novamente, ninguém a mover-se na casa ou lá fora no terreno irregular. Adrian, outro anjo caído, tinha subido para dormir no sótão onde costumava ficar. E Jim? Jim estava no segundo andar, a ter um sono reparador devido à noite de sexo que tivera.- Porra...Abraçando a taça com uma mão de cada lado, ela inclinou-se com os braços. Apesar da sua crescente paranóia, o medo não era o responsável no caso dela.Era a vontade de matar.E isso era apenas uma pequeeeeena hipérbole. Porque o seu salvador semi-nu, enrolado numa toalha tinha aqueles arranhões no corpo por terem sido feitos por unhas. E o inchaço na boca não ter sido por causa de uma luta, mas porque esteve a beijar. E muito. E a sua expressão de vergonha?Bem, isso era porque, obviamente, esteve a foder durante horas em vez de estar a fazer o seu trabalho. O que a punha furiosa. Anjos responsáveis para se certificarem que o bem prevaleça sobre o mal? Numa guerra como esta? Seja como for, manter os olhos na bola era uma ideia melhor do que estar com uma prostituta qualquer durante horas.Ou, Deus, talvez ela fosse uma mulher simpática. Alguém que, tipo, cozinhasse para ele, mas também lhe desse broches valentes.Quanto mais ela pensava nisso, mais zangada ficava.Teria ele uma namorada? Bem, óbvio... embora, talvez, isso fosse ingénuo da parte dela. Os homens têm namoradas? Estudantes universitários têm... mas Jim está bem loooonge desse tipo.Ela olhou por cima do ombro pela terceira vez. Mas não, Jim não estava a chegar através da entrada. Ninguém estava.Bolas, tanto quanto sabia, ele já tinha saído para beber café com a sua...- Pára com isso. Apenas... pára com isso.À medida que a raiva dela subia mais um nível, parecia que uma eternidade tinha passado desde que ela era uma estudante a levar o carro da mãe até ao Hannaford para comer algum gelado, anos-luz desde que tinha sido abordada por...Ela não era capaz de se lembrar dessa parte. Não conseguia recriar exactamente que série de eventos levaram à sua morte, mas lembrava-se de tudo o que acontecera a seguir: as paredes viscosas do Inferno, os condenados torturados a torcerem-se à volta dela, o seu próprio sofrimento a torná-la anciã.Jim Heron tinha acabado lá em baixo também, durante algum tempo. E Sissy tinha visto o que o demónio lhe tinha feito. Ela viu aqueles lacaios sombrios fazerem... coisas horríveis no corpo dele.- Merda.Considerando tudo, ela devia dar-lhe um desconto, certo? Ele era uma vítima no meio disto tudo também, não era? Então, se no meio desta guerra, o homem queria um pouco de acção, soltar-se com alguém, fazer uma pausa do horror e da pressão... que tinha ela a ver com isso?Ele tinha-a tirado do Inferno, e ela devia-lhe isso. E não lhe dava o direito de ficar incomodada por ele ter tido algo quente com outra pessoa.Apesar de, garantidamente, existir muito em jogo; se ele perdesse, os pais dela, a irmã, os amigos... ela própria, Jim e Adrian, todos iriam para onde ela tinha estado antes. Pensar nisso é que era horrível. Ela tinha estado lá em baixo apenas durante algumas semanas e pareceu-lhe que tinham sido séculos: ela envelheceu séculos. Se fosse para a eternidade? Ela não podia sequer imaginar a experiência.Concentrando-se, ela decidiu tentar novamente partir os ovos. E quem diria, o ovo número dois partiu-se no sítio errado, metade da casca acabou dentro da taça, e ela teve que ir, novamente, lavar as mãos ao lava-loiça.Fechando a água, ela olhou para fora através da janela. As traseiras eram muito feias, a paisagem o equivalente a um homem que não fazia a barba há uma semana e que não tinha um bom padrão a favor dele. Apesar de a Primavera começar a ter um firme alicerce em Caldwell, Nova Iorque, com formação de rebentos nas extremidades dos ramos das árvores e a neve a desaparecer nos sítios onde tinha acumulado; um tapete verde de folhas em nada iria favorecer aquelas traseiras.Na sua vida anterior, ela estaria excitada com a chegada do Verão, apesar de toda essa excitação ser apenas a partilha de um apartamento na aldeia de Lake George e servir gelado durante dois meses. Mas, caramba, o Verão era fantástico. Podia vestir calções e sair com os amigos, e talvez, só talvez... conhecer alguém.Em vez disso, aqui estava ela. Uma imortal sem vida...- Estás a fazer ovos mexidos...Sissy virou-se tão depressa que a sua coxa bateu contra a bancada, e o seu único pensamento foi: onde estaria a faca mais próxima.Só que ela não ia precisar de uma arma.Adrian, o braço direito de Jim, estava de pé no hall de entrada, e no momento em que o viu, ela acalmou. O homem, anjo caído, o que fosse, tinha à vontade mais de um metro e oitenta de altura, e apesar daquela perna ruim, ele era grande e forte. Também era bonito num estilo militar, com aquele maxilar forte e um olhar que observava tudo, se bem que os piercings lhe davam um ar de anti-autoridade. Como também o facto de ser cego de um olho, a pupila branca, devido a um ferimento qualquer.Ele franziu o sobrolho.- Estás bem?Não. Ela estava lixada e absolutamente aterrorizada, sem nenhuma razão aparente.- Sim. Estava mesmo a começar o pequeno-almoço.Como se ele não tivesse reparado nisso.Adrian foi a coxear até à mesa quadrada no centro da cozinha, e quando se sentou, o corpo dele era como um saco de ossos soltos, aterrando na cadeira todo desconchavado.- O que é que se passa? - Exigiu ele.Sim, daquilo que ela aprendera sobre ele, isto era típico: directo e sem rodeios.- Queres ovos? - Ela virou-se, afastando-se dele.- Fala comigo. - Houve um grunhido e ela calculou que ele tivesse colocado o pesado braço na mesa. Ou tentado cruzar as pernas. - Mais vale. Somos só nós os dois aqui.- Parece que o Jim teve uma noite difícil.- Ah, ele contou-te sobre a derrota.- Sim. - Isso é que foi Jim. Fantástico. Espero que esses orgasmos tenham valido a pena. - Então, quantos ovos queres?- Sete.Ela olhou para o que restava na embalagem.- Só tenho quatro. Dei cabo de dois e quero para mim precisamente dois.- Combinado.Jim podia desenrascar-se sozinho. Ou então, perguntar à namorada para lhe fazer o pequeno-almoço.- Namorada? - Perguntou Adrian.- Eu não disse isso.- Sim, disseste.Ela atirou com as mãos para cima e virou-se para o encarar.- Ouve, não admira que Jim esteja a perder. Anda demasiado ocupado com uma mulher qualquer em vez de prestar atenção ao que anda a fazer.Adrian limitou-se a olhar para ela.- Posso perguntar de onde é que isso vem?- Vamos apenas dizer que o apanhei a chegar a casa às quatro da manhã.Adrian praguejou baixinho, e não adiantou mais.Sissy abanou a cabeça.- Então sabes sobre a namorada dele, ou amiga colorida, o que seja. Tu sabes o que ele andou a fazer ontem à noite.- É complicado.- Isso é um dos estatutos do Facebook. Não uma desculpa para mandriar à volta do trabalho. Especialmente tendo em conta as implicações bíblicas a que este jogo está sujeito.Com isso em mente, voltou aos ovos. E conseguiu partir, como deve ser, os que restavam na embalagem. Acrescentou-lhes um pouco de leite. Carregou o coração consigo enquanto a frigideira aquecia e a manteiga derretia.- A minha mãe sempre me disse para esperar - murmurou.- Pelo quê?Okay, das duas uma, ou a boca dela parava de trabalhar ou ele precisava de perder alguma audição. Como se ela fosse falar de sexo com ele? Contudo, a conversa seria curta, pelo menos da parte dela.
Sissy disparou um olhar ao corpo rijo dele e percebeu que o tópico da parte dele, provavelmente, não seria assim tão curto.- A manteiga tem de estar no ponto antes de se colocarem os ovos, sabias?Ironicamente, o facto de ser virgem foi a razão pela qual o demónio a tinha levado, a razão para que as rodas do destino se tivessem movido e a tivessem levado até ali: só a poucos quilómetros da família dela mas separada por um fosso tão grande que mais valia estar noutro planeta.- Alguma coisa está a queimar.- Bolas! - Sissy atirou-se à frigideira com fumo e agarrou-a sem uma pega, queimando a sua palma. - Porra!Vinda de nenhures, aquela raiva assassina fê-la querer destruir alguma coisa. O fogão. A cozinha. A casa inteira. Cega de raiva, ela queria regar com gasolina a mansão de madeira e incendiar tudo. Ela queria ficar perto das chamas para que os seus poros se fechassem e as suas pestanas se encarquilhassem. E talvez, só talvez, ela quisesse que o Jim lutasse com unhas e dentes para sair em segurança.Mão grandes vieram pousar nos seus ombros.- Sissy...Ela não estava com disposição para conversas encorajadoras.- Eu não preciso...- O Jim não é problema teu. Compreendes?Com um puxão e um empurrão, ela afastou-se.- Não te incomoda que ele ande distraído?Adrian encarou-a, o olho da direita positivamente opaco.- Oh, incomoda, acredita.- Então, porque não fazes alguma coisa! Fala com ele ou... vocês são chegados, certo? Diz-lhe para que pare... de fazer o que anda a fazer. Talvez se ele se concentrasse, ele começasse a ganhar. - Quando não houve reacção, ela praguejou. - Não te importas com o que possa acontecer? O teu melhor amigo está lá em cima no sótão, morto por causa de...Adrian aproximou o rosto do dela.- Não vás por aí.O tom da voz dele calou-a.- Tu e eu? - Disse ele. - Nós damo-nos bem. Estamos bem. Mas isso não significa que fales sobre merdas que não sabes. Tens problemas com o Jim? Eu percebo mais disso do que tu imaginas. Não aprecias que ele ande de cabeça no ar por causa de uma miúda? Junta-te ao clube. Preocupas-te com o que possa acontecer a seguir? Vai para fim de uma longa, longa fila. Mas cuidado com a língua quando falas do Eddie, porque isso foi antes do teu tempo e não tens porra nenhuma a ver com isso.Por alguma razão, o facto de ele concordar com ela, parcialmente, só fez com que ela se zangasse mais.- Eu tenho de sair daqui. Eu só... Preciso de apanhar ar. Faz tu os ovos, podes comer a minha parte.Dantes, na sua verdadeira vida, Sissy nunca tinha sido muito de bater com o pé, tinha sido uma boa rapariga, do tipo de ter melhores amigos em vez de namorados, quando saía à noite era sempre ela que conduzia e nunca, nunca fazia alarido.Mas a morte tinha-a curado disso tudo.Ela marchou até à porta, abriu-a como se quisesse arrancá-la das suas dobradiças e saiu. À medida que pontapeava e deixava aqueles painéis de madeira para trás, ocorreu-lhe que não tinha para onde ir. Mas esse problema resolveu-se imediatamente quando um brilho metálico chamou a sua atenção.As Harleys estavam estacionadas dentro daquela garagem velha, e foi ter com aquela que tinha usado antes. As chaves estavam na ignição, o que parecia estúpido excepto pelo facto de aquela até ser uma boa vizinhança, e convenhamos, o Jim e o Adrian eram daquele tipo de homens que poderiam muito bem recuperar as motas se estas fossem roubadas.E não por chamarem a polícia.Atirou com uma perna sobre o assento, ligou o motor, inclinou o peso para libertar o descanso... e um segundo depois acelerou e rugiu por aí fora, gritando pelo acesso abaixo passando o flanco da velha mansão, gritando pela estrada fora e a desligar-se.Sem capacete, o vento bradava nos seus ouvidos e misturava-se com o ronco do motor. A camisola oferecia pouca resistência entre a pele dela e a manhã fria, e oferecia ainda menos protecção se ela caísse e batesse no pavimento.Mas ela já estava morta.Portanto, não era caso para se preocupar com pneumonias ou desmembramentos.Para além disso, que diabo se importava?***Jim Heron acordou como se tivesse sido disparado por um canhão, a agarrar na sua arma, levantando-a para cima, pronto a puxar o gatilho.Nenhum alvo, só papel de parede às flores desbotado, a cama onde está deitado e duas pilhas de roupa no chão, uma suja, a outra lavada.Por um segundo, o tempo estreitou-se, já não funcionando de forma linear, mas sim uma puta de confusão em que o passado se contorcia com o presente. Estaria ele à procura de um renegado? Um soldado traidor? Um assassino que viria para ele?Ou era esta manhã um segundo capítulo na sua vida? Estariam os lacaios do demónio atrás dele? Talvez a própria Devina?Ou estaria essa cabra a assumir outra máscara em que se parecesse como uma...O rugido do motor de uma Harley que surgiu do lado de fora da sua janela fê-lo virar a cabeça. Levantando-se, caminha até à janela e abre as cortinas finas.Em baixo, Sissy Barten estava na mota do Eddie, bombeando combustível para dentro do motor, fazendo a Harley falar. Com uma eficiência rápida, ela liberta o descanso da mota e acelera, cabelo loiro a fluir atrás dela na luz primaveril.O seu instinto foi de ir atrás dela imediatamente, numa das outras Harleys ou desaparecer e viajar pelo vento. Desistiu do impulso ao puxar e vestir umas calças, enfiar uma T-shirt Hanes pela sua cabeça abaixo. Estava a enfiar as botas quando parou.E imaginou o seu inimigo.Devina tinha pouco mais que um metro e oitenta, morena sexual, pelo menos quando se camuflava com aquele corpo apelativo. Por baixo da mentira? Era uma personagem digna do Walking Dead. Mas, em ambos os trajes, ela tinha uma atenção aguçada, riso de uma cobra, e um apetite sexual voraz.Na última batalha desta guerra, ele perdeu tanto tempo a preocupar-se com Sissy que acabou por apostar na alma errada. Tendo como resultado, a perda de uma vitória crucial.Não se podia dar ao luxo de repetir o feito.O Criador tinha definido os parâmetros de forma bastante clara: sete almas, sete hipóteses de Jim influenciar alguém nas encruzilhadas. Se a pessoa em jogo escolher o caminho certo? Os anjos ganham. Se não, pontos para a Devina. O vencedor teria todas as almas, o domínio do Céu e do Inferno. Para o derrotado significava o fim do jogo.Bastante claro, certo? Tretas. Na realidade, o conflito não estava a ser travado de forma justa e leal, e o maior desvio que dava cabo dele era que Devina não devia estar no terreno. Tecnicamente, só ele é que tinha permissão para interagir com as almas... mas quando o teu inimigo era um mentiroso até ao seu âmago? Todas as apostas ficavam de fora. Durante o jogo todo, o demónio recusou-se a jogar pelas regras, o que é fácil de fazer quando não se tem senso de moral, e 'jogo limpo' não consta no vocabulário.Merda... Sissy.Jim esfregou o rosto e sentiu-se como se estivesse a ser puxado por duas cordas em sentidos opostos.Como antigo soldado das Forças Especiais para o governo dos Estados Unidos, ele dificilmente era do tipo carinhoso. E no entanto, no momento em que vira aquela rapariga pendurada de cabeça para baixo na banheira do demónio, com a sua vida finalizada para servir de protecção para o precioso espelho de Devina? Ele tinha ficado completamente apanhado por ela.A verdade é que ela era a razão porque ele estava ao ponto de perder a maldita guerra. Ele trocara uma das suas vitórias para que o demónio a libertasse do Inferno. E depois, esteve tão distraído a tentar com que ela não perdesse a cabeça no meio da transição, que estragou a última batalha.Se não fosse a Sissy Barton, ele estaria a liderar por dois e estaria à beira de acabar com tudo de uma forma positiva.Em vez disso, tudo o que faltava era mais uma asneira da parte dele e Devina seria a cabra que mandaria em tudo. E o desfecho iria fazer qualquer conceito do fim do mundo parecer umas férias de luxo.Pensou na sua mãe, na Mansão das Almas, a passar a eternidade que ela merecia com os outros justos. Se ele fodesse tudo? Poof! Desculpa mãe, faz as malas, vais-te mudar mais para sul. Beeeeem para sul. Tudo porque perdi a cabeça por um longo cabelo loiro e um par de olhos azuis.E no entanto, ele ainda queria ir atrás dela. Só para ter a certeza...Do nada, ele imaginou-a a sentar-se na cama dele, só de T-shirt branca, os seus olhos abertos a olharem para ele. A voz dela tinha sido suave mas forte:Então, beija-me. Beija-me e eu vou-me embora. É a única coisa que te vou pedir.Ele lutou contra a sedução e depois mentiu para si próprio quando começou a ceder, o cérebro dele a insistir que era só um beijo, quando a sua erecção lhe dizia outra coisa. Claro como o dia, ele viu-se a chegar-se a ela, os lábios dela a separarem-se para ele...E depois tudo parar, bruscamente, quando ouve a voz de Sissy a chamá-lo do lado de fora do quarto. Instantaneamente, Devina emergiu da mentira em que ele tinha caído, o demónio a substituir a ilusão que estava na frente dele, os olhos pretos a brilharem, um sorriso de pura malvadez.A cabra tinha ido embora segundos depois: Não podes culpar uma rapariga por tentar.A falar de encruzilhadas. Ele estava numa agora. Ou iria atrás de Sissy outra vez... ou seguia o programa e fazia o seu trabalho.Jim acabou de atar as botas e encaminhou-se para a porta. Indecisões nunca tinham sido um problema para ele, tal como explosivos tinham um momento de introspecção antes de rebentarem. Agora, enquanto caminhava para a cozinha e via o seu único braço direito a partir ovos sob uma taça na bancada, não fazia ideia nenhuma do que poderia fazer.Adrian levantou a mão para impedir qualquer pergunta.- Não, não sei para onde ela foi.- Está tudo bem.Ad semicerrou os olhos.- Deixa-me adivinhar, vais atrás dela.Jim sentiu um impulso quase irresistível de ir para a maldita porta. A ideia de que Sissy estava lá fora no mundo sozinha, magoada e confusa, era o suficiente para fazer o seu coração bater como um tambor.Fechando as mãos em punhos, ele vira-se para mesa. Vai até lá. Senta-se.- Precisamos de conversar.Adrian olhou para o tecto como se procurasse forças.- Importas-te que tome o pequeno-almoço primeiro? Odeio ouvir más notícias de estômago vazio.

 Até à próxima Sombra....

*Nasan

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