Vou deixar de escrever.
Não chega as coisas do fiçubuco irem
parar ao blogue, que agora o blogue aparece no fiçubuco.
Mim fechar a boca.
SPOILERS PARA ALGUNS
Lover Reborn
[Só para acompanhar a história
Tohr - Autumn]
A Dr. Jane estava ajoelhada à sua
frente.
- Autumn, consegues ouvir-me?
- Eu…
A pálida mão da médica retirou-lhe
madeixas loiras da frente da cara.
- Autumn, Acho que isto é o
período de necessidade… estou correta?
Autumn acenou com a cabeça até que
a onda de hormonas ressurgiu, tirando-lhe tudo, exceto uma necessidade
avassaladora de sexo.
Que o seu corpo sabia que só podia
ser aliviado por um macho.
O seu macho. Aquele que ela amava.
Tohrment…
- Ok, ok, vamos chamá-lo.
Autumn agarrou rapidamente o braço
da outra fêmea. Esforçando-se por abrir os olhos, exigiu firmemente:
- Não o chames. Ele nunca faria isso… sexo é uma coisa, mas ele já
perdeu um filho…
- Autumn, querida… a escolha é
dele, não te parece?
- Não o chames… Não te atrevas a
chamá-lo…
[Qhuinn, John e Layla foram dar
uma volta]
- Anda lá. – Qhuinn deu um golo na
cerveja. – É óbvio que estás assim por causa de um macho, e o John não diz nada
a ninguém.
John olhou para ela e gesticulou,
depois mostrou o dedo do meio a Qhuinn.
- Ele diz, dah, sou mudo, -
traduziu Qhuinn. – E se não conheces aquele gesto no final, não vou ser eu quem
to vai explicar.
Layla riu-se e pegou no garfo,
partiu a crosta dura do leite-creme.
- Bem, na verdade, estou à espera
de o ver novamente.
- Então é por isso que vieste?
- Não devia?
- Nada disso. És sempre bem-vinda,
tu sabes disso. Mas quem é o sortudo?
Ou o morto, depende…
Layla respirou fundo e comeu duas
colheradas da primeira sobremesa… como se fosse vodca tónica.
- Prometem que não dizem a
ninguém?
- Juro, prometo e essa merda toda.
- Ele é… um dos vossos soldados.
Qhuinn pousou o copo na mesa.
- Desculpa?
Ela levantou a chávena e bebeu.
- Lembraste quando aquele
guerreiro veio ao centro de treino no outono, ele tinha estado contigo a lutar
contra os minguantes? Ele estava muito ferido e tu trouxeste-o?
John endireitou-se alarmado,
Qhuinn engoliu o que-caralho e sorriu suavemente.
- Ah, sim. Nós lembramo-nos.
Throu. O segundo tenente do Bando
dos Bastardos.
Merda, se ela achava que estava a
gostar dele, eles estavam com um grande problema.
- Eeeeeeee…, - incentivou, a
forçara a voz a manter-se firme. Ainda bem que tinha pousado a cerveja, estava
nervoso a ponto de esmagar o copo.
Ainda assim, achava que a merda
podia ser pior. Throe não iria conseguir aproximar-se dela…
- Ele chamou-me.
Layla começou a mexer na sua
tarte, e ainda bem: ele e John tinham ambos as presas expostas.
Humanos, lembrou-se. Estavam em
público com humanos… Não era altura de exibir caninos. Mas, foda-se…
- Como? – silvou – só para voltar
a recompor-se. – Quer dizer, não tens telemóvel. Como é que te contactou?
- Ele convocou-me. – Ela
gesticulou como se não fosse nada de importante, ele disse ao seu homem das
cavernas interior para se acalmar. Mais tarde, haveria de saber os comos. – Fui e havia outro soldado,
muito ferido. Meu Deus, tinha sido muito espancado.
Tentáculos de pânico puro
roçaram-lhe a nuca e apertaram-lhe o peito, fazendo o ritmo cardíaco aumentar.
Não… ó, merda… não…
- Não sei porque é que os machos
são tão teimosos. Disse-lhe para o trazerem para a clínica, mas ele disse que
só precisava de se alimentar. Estava com problemas em respirar, e… - Layla fixou
a tarte como se fosse um ecrã, como se se estivesse a lembrar de todos os
pormenores do que tinha acontecido. – Alimentei-o. Queria trata-lo mais, mas o
outro soldado parecia com pressa de o levar dali. Ele era… poderoso, tão
poderoso, mesmo ferido. E ao olhar para mim, senti como se me tocasse. Nunca
tinha sentido aquilo.
Qhuinn lançou um olhar a John sem
mover a cabeça.
- Como é que ele era?
Se calhar era um dos outros. Se
calhar não era…
- Era difícil de dizer. Tinha o
rosto muito magoado, aqueles minguantes são cruéis. – colocou a mão na boca. –
Tinha olhos azuis e cabelo preto… o lábio superior desfigurado…
Ela continuava a falar, mas a
audição de Qhuinn fez um intervalo.
Pôs uma mão no braço dela para a
parar.
- Amor, calma. Aquele primeiro
soldado levou-te para onde?
- A um prado. Um campo numa zona
rural.
Quando o último pingo de sangue
lhe abandonou o cérebro, John praguejou e tinha razão. Pensar que Layla tinha
saído de noite, sozinha e sem proteção, não só com Throe, mas com o coração da
besta?
Pior… caralho, ela alimentou o
inimigo.
- Que foi? – Ouviu-a perguntar. –
Qhuinn?... John?... Que foi?
Sem comentários.